terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Tic-tac


Num suspiro de tempo
Tempo solitário
Tempo vazio
Um tempo que não há contagem 
Há no tempo
Tanto tempo 
Que de tempos em tempos 
Me esqueço que nunca vi o tempo

O pequeno barulho do relógio 
Conta e nos conta as horas 
Mas não o tempo
Quiçá eu invente uma máquina de contar tempos
Que de tempos e tempos 
Os humanos possam esquecer de contar 
E possam fazer 
Um novo tempo
Tempo de amor 
De verdades
Um tempo onde não seja o relógio 
O tempo de comer,
Mas sempre possa ser o tempo de liberdade

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