Ainda que o desejo me corroa tudo que ainda tenho, a grande
utopia da epopéia parece que chega ao seu fim. Do prelúdio do que seria esse feito, pouco pude perceber tamanho
erro que cometia de novo, ainda que de maneira mais sutil aparentemente aquelas
lagrimas que caíram conforme a chuva, a mesma que alimentava meus mais profundos
desejos, eu entendi naquelas gotas que caiam que não há mais espaço para as tolices,
ou menos simples devaneios de como tudo poderia ser.
Não há mais certeza, e como diz o grande poeta mouro que
tanto gosto," tudo que é sólido se desmancha no ar" e assim anda
sendo, mesmo que seja de um fragmento recortado de 1848 , entendo no amargor de
meu peito que é a vida que construí, e hoje não posso mais tocar naquela pele
que tanto me encanta, que quando eu passava as mãos sentia como se tocasse algo
para além de um céu, como se tocasse o infinito, que é claro, não existia a não
ser na cabeça de um maluco.
O mais chocante de tudo foram aquelas lágrimas, que ainda
não tenho compreensão de como lidar com elas, que pareceram de tristeza por
saber que nada será como antes.