segunda-feira, 19 de maio de 2014

Nas Passagens da Cidade

Andando por aí, eu vi:
Catacumbas, escombros e mortos, quantos mortos!

Mas também, ao fundo avistei as barricadas
As mais lindas e brilhantes, mas tão pequenas perto do amontoado de escombros

Quanto mais andei mais notei que todo Progresso carregava teus mortos
Mortos-vivos esperando...o que?





segunda-feira, 12 de maio de 2014



A mal dita-du ra

Insiste, persiste e dura
Vive, se muta e não se instigue

Não é a sonhada dita pelo mouro nas páginas tão pouco lidas
é a outra, que se iniciou em 64 e não termina nunca.

Dizem que ela acabou, mas vejo nas instituições ela apenas se moldou!
Deixou de ser a autocracia da burguesia para de transmutar na faixada democrática

A maldita ditadura vive, assim como vivem desaparecidos os corpos de combatentes
Que não morrerem com dentes, roupas e como indigentes.

A falácia institucional quer dar explicações aos mortos
só que a Instituição maior ainda continua os matando e torturando

E como poderão dar-nos explicações
Se ainda são os patrões!

Ao final apenas uma firme tristeza de saber
Que a dita- dura: infelizmente vive

E todxs que lutam/lutaram morrem.



terça-feira, 6 de maio de 2014

Vende(a)dor



Vende(a)dor

O saudoso poeta disse uma vez, amor só é bom se doer.
Neste caminho trilhei estas palavras, para o fetiche da subjetividade
Dentro daquele pequeno mundo, onde tudo estava ao avesso
O humano virou coisa, e a coisa humano

Anunciaram na Praça Central: "vendo o amor!"
Sem saber as pessoas começaram a correr em busca do pequeno vendedor
Ao caminhar um homem velho gritou: "ah, isso é a dor"
Dentro do tumulto da praça se iniciou um ardor

Um homem jovem conheceu naquele instante a dor
Estava diante de um Ser, que só poderia existe para o amor
 O velho tinha razão, e o vendedor lhe abriu as mãos
e disse: vendo o amor, o que vem junto só poderia ser, senão a dor.

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Hora do Almoço


Hora do Almoço

O trabalhador, parou e pensou;
No Povo
ovo
No patrão
macarrão
No chão da fábrica
pão
e no escritório do Patão
só dinheirão

                                     o será que acontece ao lado?
                                     Porque tenho que ficar calado?
                                    Nem ao menos posso ficar sentado
                                    Cansado, fadigado e desesperado o trabalhador pensou;
                                    - O “Sindicato” !


                                                                Nessa hora o Patrão chegou e disse:
                                                                Acabou o arroz e feijão
                                                                E o trabalhador logo esqueceu tudo que pensara
                                                                e voltou novamente a produção