sábado, 31 de janeiro de 2015

Sono eterno.

Não posso dizer ao certo o que é tudo isso. Não teria como em simples palavras, ou mesmo num pequeno espaço de tempo que é fadado a paciência de ler estas palavras que tanto ousam em sair, em ser expressas por um coração que bate um pouco mais forte todos os dias. 
Numa sexta-feira, não como todas as outras que já vivenciei, foi uma sexta peculiar, repleta do que eu vulgarmente, ou pelo menos é a única palavra que me cabe, posso chamar de companheirismo, tive o grande prazer de dividir algumas horas que na contagem de meu tempo, durou o necessário para que possa ser inesquecível. É nesse intervalo de tempo que eu pude perceber mais uma vez, ou de maneira mais direta, o quanto esse negócio que parecia ao início nebuloso se manifesta de maneira clara e simples em nossas vidas - esse tal de companheirismo. Não por tudo que aconteceu, deveras são detalhes, mas pelo simples momento quando eu apaguei as luzes, te coloquei no meu lugar favorito.
Entre meus braços, permitindo com que eu pudesse sentir de maneira mais forte e viva, algo que é tão caro que é seu cheiro, permitindo também que eu pudesse olhar seus olhos, ainda que sobre as lentes de seus óculos, estava eu ali, vivo e presente no melhor lugar do espetáculo que é seu corpo junto ao meu.  Deveras, somente alguém desprovido de total emoção não iria perceber tamanha luz que havia naquele pequeno cômodo, forrado de livros e discos - gostaria de salientar que estava tudo ali, tudo que mais gosto e melhor tive o prazer de conhecer - você, meus discos e livros. Retomando as luzes do quarto, poucas vezes tive tamanha felicidade que tê-la junto me proporciona. 
Ao vê-la dormir, aquele sono gostoso, com uma feição que só você tem, ainda que de tempos em tempos você abria os olhos para ver o que eu estava fazendo, e como de costume lá estava eu, com os olhos vidrados em você, e com o rosto avermelhado com aquela vergonha você voltava a fechar os olhos e eu ali de vigília para ver se nenhum sonho nefasto iria assombrar minha pequena, porém ao ver e sentir aquela imagem tão bela, meu corpo em êxtase sucumbiu ao sono, e posso lhes garantir, tudo que mais gostaria no mundo era que esse pequeno momento fosse eterno.

Nenhum comentário:

Postar um comentário