segunda-feira, 6 de abril de 2015

dolor

As vezes penso em dizer, adeus. As vezes meu coração é tão traiçoeiro que me deparo com cada sentimento que eu gostaria de ter abandonado há tempos. Não é algo fácil de se pensar, tem dias, mais do que outros que estes mesmos sentimentos voltam com tanta força que até mesmo minha cabeça sai do lugar, de tamanho medo de tudo. Não é aquele medo de cometer aquelas ações, mas é um medo de pensar em fazer. A maior dor, hoje, não é de objetivar algo, mas de pensar, lembrar aquelas noites que o teto do quarto pareciam um cárcere não é fácil, como também lembrar daquele outro quarto da republica da ilha também não é, meu corpo arrepia de medo de pensar naquele pé direito alto, aquele guarda-roupas horrível, e muito mais, na solidão das noites sem poder dizer aqueles que gosto, um misero boa noite.
Não é fácil, nunca pensei que seria. Mas cada dia que passa sinto as vezes aquele velho buraco mais próximo, mas é tamanho o medo que tenho disso, que não consigo falar sobre, com absolutamente ninguém, a final, nunca gostei de preocupar os outros, meu sofrimento é apenas meu. Entendo o quanto isso pode parecer egoísta, mas ver uma lagrima nos olhos das pessoas queridas me dói no peito, muito mais do que tirar minha própria a vida. Não quero dizer com isso que estou prestes a agir, não mesmo, mas o medo que me assombra a alma as vezes, dói tanto, que me faz parar para pensar, se não era melhor.
Nunca poderei responder essa indagação, nunca mesmo. Nem sei, o que será. Mas que meu peito anda dolorido com isso, anda, e muito. Por mais que eu consiga falar sobre outras coisas, pouco falo, e com pressão menos ainda, sobre isso.
No fundo, gostaria de quebrar essa parede, da tristeza, solidão e dor. E construir algo novo, que fosse leve, repleto de felicidade e coisas boas.
quem sabe, sei lá. O que importa hoje, é que, meu coração anda dolorido.

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