quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Das coisas tão suas
Quero guardar
Em um local especial
Carinho
Dentro de um ninho te por
E acariciar o tempo e o vento
Que te trouxeram
Porque de resto
Tudo jaz
E as cinzas são
Saudade

terça-feira, 1 de agosto de 2017

Das coisas tão necessárias
Seus beijos me escaparam
Como o vento em minhas mãos
Tudo foi
E nunca mais voltou
Ao que era antes

quinta-feira, 27 de julho de 2017

Saudade é uma coisa estranha
Habita em coisas tão miúdas
E como pode algo tão grande
Morar em espaços tão pequenos?
Tem sua morada
Na namorada
Ou no olhar, ou na boca
No passar de mãos nos ombros
Naquele bom dia tão sonhado
Dentro do anoitecer tão vivido
As palavras
Tão quentes
E frias na sua ausência
Algo imaterial que transparecem
Gélidas ou fervendo
Sempre me mostram
O tamanho da saudades
Que horas também,
Só é vontade

quarta-feira, 12 de julho de 2017

Das poesias que quero traçar

Na sua boca tocar

Dentro do clarão noturno

Te trazer carícias

Delícias de se pensar.

E dentro dos meus versos

Ainda que ideais

Escrevo sobre seus lábios

Que se tornam poesia

Numa noite fria

Onde o sonho alimenta

O desejo de sua boca tocar

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Não serei eu
não suportarei mais as dores do mundo
hoje as minhas são
tristezas e mágoas sofridas em silêncio
caído no chão
onde é meu lugar
me despeço do mundo
tão triste
que tudo que eu mais queria
era não existir,
ou escolher não existir
vir e viver
sofrer e
cair.
como sempre
caio

Naquele mesmo lugar que tanto abrigou minhas lágrimas e angustias volto a me despir e entregar a quem verdadeiramente sou. Não há motivos de sorrisos, ou mesmo a velha vontade de ser um tanto diferente dos comuns, a vida é isso aí, chorar, sofrer e no final das contas ver que nada valeu a pena.
E as coisas seguem, mais tristezas no meu peito, lagrimas em meus olhos inchados e cru como a carne é que me faço gente. Não sei, acho que não poderia usar o adjetivo gente ou mesmo humano para essa forma que eu obtive durante a vida, sigo nas sombras, com sorrisos fingidos e  uma vontade de acabar com isso que as pessoas chamam de vida.
O caminho é esse, sem sentido. 
vestido 
maltrapilho 


domingo, 3 de janeiro de 2016

As vezes ainda sinto aquela velha vontade de deixar de existir, viver quem sabe.
Voltar ao velho casulo que tanto me abrigou
Simplesmente viver sem viver
Ou só apenas
Deixar de respirar por tempo indeterminado